O mundo do e-commerce é composto por diversos termos como marketplace, API, lead, tracking e etc. Essa quantidade de informações pode deixar o lojista em dúvida, por isso nesse artigo viemos explicar melhor sobre duas dessas expressões: chargeback e reembolso.
Continue a leitura para entender qual a diferença entre esses termos e como eles interferem na economia do seu negócio.
O que é um reembolso?
Chamamos de reembolso o processo em que o cliente solicita a devolução do dinheiro gasto em uma compra. Isso é feito pela própria empresa que realizou a venda, e normalmente é solicitado quando há algum tipo de problema com o produto ou serviço.
A devolução pode ser feita integralmente, ou seja, o valor total da transação que o cliente pagou, ou parcial, quando apenas uma parte do montante gasto é devolvido. Isso depende muito da política da empresa, das condições do reembolso, etc.
Além disso, existe um prazo máximo para solicitar o reembolso. Para pagamentos com o cartão de crédito a data limite é de 180 dias e a devolução pode demorar até 2 meses para constar na fatura do cartão do cliente, conforme a bandeira. Já se a transação ocorreu por PIX, esse limite é de 90 dias e nesse caso não é possível estornar parcialmente.
O que é chargeback?
Já o chargeback acontece quando há o cancelamento da compra online, englobando o estorno do valor pago. Ele acontece quando o titular do cartão de crédito não identifica a transação virtual. Geralmente, o motivo dessa contestação é fraude. Isto é, não foi o titular do cartão que realizou a compra.
Outro motivo que gera a solicitação desse cancelamento é uma transação irregular. Exemplos disso são cobranças indevidas, duplicidade de cobrança ou problemas logísticos, como quando o cliente não recebe o produto no prazo estipulado.
Nesses casos, como o consumidor solicita o cancelamento direto à operadora do cartão, o estabelecimento pode demorar meses para saber que isso aconteceu e que ficou com este prejuízo.
Impacto nos negócios
No caso de grandes empresas, o efeito do chargeback e do reembolso pode ser menor na sua economia, mas para pequenos empreendimentos podem causar danos preocupantes. De toda forma, se não forem controlados, causarão prejuízos consideráveis a médio e longo prazo.
E isso é ainda mais grave quando se fala no chargeback causado por fraudes, pois os cibercriminosos estão sempre buscando novas formas de burlar os sistemas de segurança.
Depois de identificar uma vulnerabilidade, a empresa é exposta, os dados se espalham e os fraudadores entram em ação. Assim, os danos financeiros podem ser rápidos e desastrosos.
6 medidas eficazes para evitar o processo de chargeback
Confira agora 6 medidas que podem ajudá-lo a evitar ou a diminuir as solicitações de cancelamento de compra.
- Avalie o histórico do cliente: se, por acaso, houver alguma pendência ou situação mal resolvida, é possível verificar se a pessoa está mal-intencionada;
- Ofereça um bom canal de comunicação: essa estratégia ajuda a resolver rapidamente questões relacionadas ao pagamento e, assim, evitar eventuais pedidos de chargeback;
- Forneça prazos de entrega seguros: muitos consumidores solicitam o chargeback ao perceberem que seus produtos ultrapassaram o prazo determinado de entrega. Sendo assim, oferecer prazos realistas é uma prática importante para evitar o pedido de estorno;
- Contrate ferramentas de análise de crédito: isso torna possível saber quando e quantas vezes um cartão de crédito foi utilizado em sua plataforma. Além disso, esse recurso permite analisar tanto o cadastro quanto o limite de crédito do cliente;
- Conceda o pagamento por boleto bancário registrado: por meio dessa tática, é possível tornar a transação mais segura. Isso porque a venda só acontece de fato após a identificação do pagamento do boleto pela loja, diminuindo, também, o pedido de estorno;
- Adote facilitadores de pagamento: contar com uma empresa especializada em intermediação de pagamento online pode ajudar, e muito, a diminuir o processo de chargeback. Isso porque ela automatiza as cobranças, gerando segurança às transações e mais controle e eficiência em relação aos pagamentos.